O quadro de estabilidade explicitado pela pode ser explicado também pelo percentual expressivo, de 70%, dos eleitores que afirmam já estarem totalmente decididos sobre seu voto na eleição presidencial. A parcela dos que ainda podem mudar a escolha é minoritária.
O índice de convictos sobre a escolha que fizeram é o maior numericamente entre os levantamentos mais recentes do instituto.
Essa fatia era de 67% em março e de 69% em maio.
A nova rodada da pesquisa mostrou também que o presidenciável (PDT) segue sendo aquele com maior chance de receber o voto do eleitor na hipótese de ele mudar de ideia em relação à sua atual decisão.
Os protagonistas da disputa, o ex-presidente (PT) e o presidente (PL), mantiveram no levantamento mais recente a fidelidade de importantes parcelas de seus respectivos eleitorados. É o inverso do que ocorre com Ciro, que tem simpatizantes mais voláteis.
Entre os eleitores do petista (que ostenta 47% das intenções de voto), 79% declaram que estão totalmente decididos a votar nele, enquanto 21% ainda admitem mudar de opção.
No caso dos apoiadores do atual mandatário (segundo colocado na corrida, com 28%), a taxa dos inteiramente convencidos é de 78%, com um percentual de 21% que admitem alterar sua posição. Os valores são arredondados pelo Datafolha e eventualmente a soma pode não chegar a 100%.
Já Ciro enfrenta um cenário adverso: a maior parte do eleitorado do pedetista (66%) responde que ainda pode mudar de voto, enquanto 33% afirmam que já estão totalmente decididos a ficar com ele.
Já a afirmação de que o voto ainda pode mudar é numericamente superior à média geral em grupos como moradores do Sudeste (34%), jovens de 16 a 24 anos (dentro do qual 39% admitem repensar), estudantes (43%) e quem avalia o governo Bolsonaro como regular (48%).
Depois de Ciro e seus 22%, Lula (18%) é quem teria mais chance de receber o voto dos eleitores ainda reflexivos. Bolsonaro aparece na sequência, com 14%. E 9% votariam em branco, nulo ou ninguém.