Homem entra em aplicativo de encontros, conhece novo amor e ganha doação de rim
05/11/2021

Reid conta que o sacrifício que o marido fez por ele significa muito, e eles se dizem “almas gêmeas”.

Os aplicativos de encontros servem para que as pessoas saiam um pouco de suas bolhas pessoais, conhecendo outras que possam ser potenciais flertes ou “rolos”.

A ideia é muito simples: você preenche algumas informações básicas, que incluem seus dados pessoais, algumas fotos e, principalmente, seus gostos.

Com essas informações, o sistema acessa sua base de dados e busca pessoas que cheguem o mais próximo de compatibilidade com você.

Nem sempre os pretendentes são exatamente o que se espera, mas muitos veem vantagem na plataforma, sem falar que existem algumas histórias de casais que se formaram nos aplicativos e que seguem firme.

Para o jovem de 24 anos, Reid Alexander, o Tinder não apenas lhe apresentou sua alma gêmea, como também a pessoa que lhe daria o próprio rim, já que ele precisava de um transplante.

O caso cinematográfico aconteceu mesmo, e segundo reportagem da People, o jovem ainda não acredita em tudo que aconteceu na sua vida.

Os problemas de saúde de Alexander começaram aos 17 anos, quando ele foi diagnosticado com síndrome de Alport, uma doença hereditária que causa danos aos vasos sanguíneos dos rins. Esses danos podem desencadear sucessivos problemas, como perda de audição, doença renal, problemas nos olhos e insuficiência renal, segundo informações do Hospital Israelita A. Einstein.

Assim que se formou na faculdade, os médicos chegaram a lhe dizer que seus rins estavam funcionando com apenas 20% do que deveriam, e ele precisaria começar o quanto antes fazer diálise, enquanto entrava na fila para o transplante. Mesmo assim, o espírito de Alexander clamava por mudanças e um pouco de aventura, e ele se mudou para Denver.

Assim que chegou ao novo endereço, Alexander entrou no Tinder e conheceu Rafael Díaz, e começaram a conversar em agosto do ano passado. Eles contam que ficaram impressionados um com o outro, e que realmente se deram bem, passando os dias seguintes todos juntos.

O casal sentia que já se conhecia havia muito tempo, e mesmo agora, mais de um ano depois, sentem que isso não mudou. Alexander não escondeu seu relatório médico, principalmente porque sabia que os aparelhos auditivos e a restrição ao sódio logo seriam questões abordadas em futuras conversas.

Díaz ofereceu todo apoio que tinha ao companheiro, que estava começando o processo de diálise. Ele conta que passou a prestar mais atenção na síndrome de Alexander, e mesmo que nunca tivesse conhecido alguém com algo similar, soube que isso não seria um problema.

O novo companheiro imediatamente se ofereceu para ser doador de rim do namorado, e Alexander insistiu em dizer que ele jamais precisaria fazer isso. Mesmo assim, Díaz estava determinado a seguir em frente com sua ideia, e já era cadastrado como doador de órgãos nessa época, tendo consciência de que queria muito ser o doador.

Eles ficaram noivos na mesma época em que os testes para saber se Díaz era compatível começaram. Fizeram uma cerimônia íntima, para poucas pessoas, e escolheram guardar o dinheiro de um grande evento para financiar o transplante que, aparentemente, estava cada vez mais próximo.

Em junho, os testes confirmaram que Díaz era compatível com Alexander, e em agosto o casal passou pelo transplante. Rafael afirma que mesmo sentindo muita dor com o procedimento, faria tudo novamente, sem pensar duas vezes, não apenas porque o ama, mas porque isso lhe dá a possibilidade de viver ao lado do seu amor.

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