Temos dois jeitos de aprender as coisas da vida: pelo amor ou pela dor. Embora pela dor seja o modo mais difícil, é o que mais nos ensina.
Términos de relacionamentos nem sempre são fáceis, mas sempre nos deixam marcas e ensinamentos.
Hoje percebo que, passada toda a turbulência da minha última separação, consigo enxergar que, apesar de meu ex-companheiro ter sido uma das pessoas que mais me machucaram, foi também a que mais me fez bem, que me ensinou, que me despertou.
Temos dois jeitos de aprender as coisas da vida: pelo amor ou pela dor.
Embora pela dor seja o modo mais difícil, é o que mais nos ensina.
Quem nunca começou uma relação baseada na carência, que atire a primeira pedra. Como diria minha vó: começar qualquer relacionamento na base da carência é o mesmo que ir ao mercado com fome e achar que pipoca é refeição. Temporariamente, disfarça a “fome”, mas com o tempo nos traz um vazio e um questionamento: por que me contentei só com isso?
A carência nos cega, não nos deixa enxergar o óbvio e nos faz criar expectativas infundadas, que no futuro vão nos custar muita coisa, inclusive o tempo que perdemos investindo em uma história que sabemos não ter mais nada a nos oferecer.
Por isso digo que meu último companheiro foi meu melhor professor, porque ele tinha quase nada a oferecer, algumas migalhas que acreditei serem suficientes para mim.
Tudo devido à carência que eu tinha a ponto de aceitar qualquer mínimo gesto de amor da parte dele, fazendo com que essa minha carência aumentasse cada vez mais.
É a tal história de se sentir na solidão estando dentro de um relacionamento amoroso. Eu era sozinha, mesmo estando casada.
Devido a todas as dores que ele me causou, consegui tirar delas o melhor e maior dos ensinamentos: reconhecer o meu devido valor, saber que sou merecedora de mais, conseguir identificar que a carência pode me levar a situações que irão fatalmente me machucar.
Hoje enxergo perfeitamente tudo aquilo que quero para minha vida, enxergo tudo aquilo que desejo para minhas futuras relações e fez com que eu tivesse força para não aceitar menos do que tudo aquilo que quero e preciso.
Eu não vou desistir do amor porque, na minha fraqueza, aceitei o pouco. Eu não vou deixar a mágoa tomar conta de mim, justamente agora que enfim reconheci o meu verdadeiro valor.