Mulher, cure as suas versões feridas nas relações abusivas
11/12/2021

“Eu conheço uma mulher que se achava linda (e de fato é linda), mas que passou a odiar a própria aparência depois de se relacionar com um homem que a comparava com outras mulheres.”

Ei, você, leitora querida, que sobreviveu a uma ou várias relações abusivas, este texto é para você. Aqui, eu sou a porta-voz das mulheres que existem em você e que foram, de certa forma, feridas ou aniquiladas naquele(s) relacionamento(s).

Primeiramente, eu peço que você libere perdão a si mesma por tudo o que lhe aconteceu de ruim, eu sei que a gente carrega muitas culpas, porém, a partir do momento em que entendemos que naquele momento estávamos sem imunidade emocional, somos capazes de nos perdoar e nos abraçar.

Qual a sua versão mais machucada?

Vou direto ao ponto: qual a sua versão mais machucada nos seus relacionamentos: a sua versão vaidosa? A sua versão sonhadora? A sua versão artística? A sua versão sensual? A sua versão empreendedora? A sua versão dançarina? A sua versão escritora? A sua versão extrovertida? Carregamos muitas mulheres dentro de nós e, nas relações abusivas, algumas saem mais feridas que as outras, a depender do perfil do parceiro abusador.

Eu conheço uma mulher que se achava linda (e de fato é linda), mas que passou a odiar a própria aparência depois de se relacionar com um homem que a comparava com outras mulheres, sempre a colocando numa posição inferior. Ela alisou os cabelos, fez dietas agressivas, malhou até adquirir uma lesão na coluna, tudo para impressionar o embuste. Mas ele a trocou por uma mais jovem, e ela nunca mais foi a mesma.

Que tal você resgatar as suas mulheres assustadas aí dentro de você?

Permita que elas dancem, permita que elas se pintem, permita que elas cantem, que elas escrevam, permita que elas gargalhem. Diga a elas que ninguém, nunca mais, vai feri-las. Abrace-as, diga o quanto elas são lindas e maravilhosas. Peça perdão a elas pelo tempo de cativeiro. Diga-lhes que o Sol nasceu para elas e que nunca mais terão de se encolher para se adequar às regras de ninguém.

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