Quando nos relacionamos com as pessoas, empatia e facilidade em se expressar são pontos-chave para boas relações.
No amor, tudo isso é importante, mas não basta, e além da química, é necessária uma conexão mais profunda, se desejamos que seja duradouro.
Hoje, muitas pessoas buscam relacionamentos duradouros ofertando emoções rasas e descaso com o que o outro também precisa para se sentir pleno e feliz.
Preocupam-se mais consigo mesmas e em satisfazer suas necessidades primárias, sem levar em conta que, do outro lado, igualmente, pulsa um coração. São as chamadas relações tóxicas e abusivas.
Se você já passou por uma experiência assim, sabe do que estou falando, não é mesmo? São relações desgastantes em que o abusonem sempre se constitui agressão física (havendo agressão física, recomendo que pegue seu espelho, olhe a pessoa linda que você é e diga adeus a esse relacionamento. Nesse nível, não há o que pensar.
Ame-se e liberte-se!).
Mas, não é só agressão física que determina se um relacionamento é tóxico e abusivo, há muitas maneiras e graus de toxicidade relacional. Podemos exemplificar com os casos em que uma das partes quer dominar e determinar os passos da outra, escolhendo onde, quando e com quem deve se comunicar e, por vezes, até como deve se vestir ou se portar.
Há também acontecimentos em que se lançam piadas pejorativas (desagradáveis e que geram desconforto), palavras ofensivas ou palavrões.
Há ainda situações em que a desconfiança generalizada toma conta da pessoa a ponto de vasculhar celular, , aplicativos e contas virtuais ou redes sociais, e mesmo que nada seja encontrado, as brigas e discussões passam a ser parte do dia a dia, o que, em muitas situações, ocasiona rupturas.
Pessoas não nasceram para viver sozinhas, necessitamos umas das outras, mas o problema da necessidade é quando ultrapassa os limites do que é saudável e se acorrenta ao apego.
O apego aprisiona, faz com que não se viva mais a própria vida, pois o centro das atenções pertence ao outro e, nesse momento, a pessoa se anula, e se você se anula, você se perde e enfraquece.
Então, o que era feito na tentativa de elevar o outro com demonstrações exageradas de afeto, em vez de passar sensação de amor e cuidado, deixa uma marca estranha de ilusão e desinteresse, pois tais ações estão vinculadas ao apego que, por sua vez, vem do ego. Não é à toa que o ego até mora na palavra apego. Percebeu?
Há outros relacionamentos que até duram um tempo, mas somente o tempo suficiente para se perceber que o que se tinha já foi aprendido e é chegada a hora de seguir em frente. Essas relações produzem traumas menos doloridos, pois, geralmente, há certo entendimento entre as partes.
No entanto, existe um tipo que todos buscam durante a vida, mesmo aqueles que se encaixam nos padrões descritos anteriormente, trata-se da conexão de almas (fisicamente conectados; espiritual e emocionalmente interligados). Aqui, a química e o emocional andam de mãos dadas, é uma experiência eletrizante que percorre e revigora as células, é alimento para a alma!
Nesse nível, se a pessoa tem dúvida do que sente ou tenta deixar de lado esse sentimento, a trindade (corpo, alma e espírito) reclama.
Não há outra pessoa que preencha e se encaixe da forma que o coração precisa e a alma deseja, ou seja, essa conexão é bombástica e poucos são os sortudos que a possuem…
Por certo, se você tiver a sorte de sentir essa conexão, valorize o relacionamento e seja grato pela oportunidade. Relações assim tendem a ser duradouras, daquelas que podem permanecer até o último suspiro ou para além da vida (aqui podemos encaixar a questão das almas gêmeas).
Como disse Bert Hellinger, terapeuta alemão e criador das constelações familiares: “É bem simples para um casal.
Quando se olham nos olhos, realmente se olham nos olhos, veem somente a alma. Quando as almas se encontram, é possível o amor.”
Podemos, nessas linhas, compreender mais facilmente o motivo pelo qual o ser humano sempre está em busca do amor. É o buscador que só para quando encontra o amor de alma.
E você, já vivenciou essa conexão profunda? Já encontrou seu amor de alma?
Buscamos nos completar no oposto complementar; na dualidade, existe a força. De dois, somos um! Que o amor existente em nós seja tão abundante que transborde no outro, e vice-versa! Felizes conexões de alma!