Depois de um bom tempo, eu constatei que a carência pelo outro estava, na verdade, apontando que eu precisava de mim mesma.
Estava me dizendo que eu precisava fazer para mim mesma o que eu esperava vir de fora. Desse modo, minha alma puxou-me para dentro, chamou-me. Na marra mesmo.
Com o tempo, eu aprendi que precisava me assumir.
Eu precisava me haver comigo mesma, adentrar o espelho, sem pudor algum, descortinar-me, colocar-me para fora juntamente com todos os meus desejos, todos os meus sonhos e aspirações.
Quando você doa a si mesma tempo e atenção, sua alma brilha de gratidão. É uma sensação que emerge de você para você mesma, é poder dizer para mim: “Essa sou eu.”
Há tempos eu não me dava carinho, eu não me escutava, não me preenchia de mim mesma.
Do que eu mais precisava era, enfim, começar a fazer alguma coisa por mim e para mim. Verdadeiramente, o relacionamento de que eu mais precisava era comigo mesma.