O que atraem são iguais. Pessoas que compartilham dos mesmos planos, sonhos, metas. Pessoas que se olham e sua conexão é tão profunda, que palavras não são necessárias.
Dizer o que sente nem sempre pode ser considerado algo libertador. Vivemos numa sociedade onde profundidades não são bem recebidas, pelo contrário, demonstram insegurança; sentimentos demasiados e possessividade.
Claro, não podemos banalizar ou esquecer que este fato existe, mas tirando por meus relacionamentos e os que acompanho, estamos com dois problemas sérios: falta de entrega juntamente com o amor próprio. Os dois lados da moeda devem ser analisados. Se por um lado temos pessoas incapazes de amar de verdade, do outro temos pessoas que acham que podem mudar essa pessoa. Estamos equivocados. Sabe o ditado: “Quando um não quer dois não brigam”? É quase igual.
Por que insistir em uma xícara rasa, cujo líquido é ralo, se você é profunda e contém em seu interior um líquido espesso e pronto para ser consumido?
Talvez, o maior problema de todos não sejam as pessoas rasas, mas nós que nos envolvemos com elas. Longe de culpabilizar a nossa escolha, infelizmente não sabemos o território que entramos, mas sabemos quando algo não está bom.
Na primeira mergulhada, onde você acha que vai nadar por muito tempo, acaba batendo a cabeça na superfície dos rasos. Ao primeiro sinal, saia antes que acabe se afundando, mesmo que o copo do outro não passe nem da metade.
Pessoas superficiais merecem pessoas tão superficiais quanto elas.
Esse negócio de “os opostos se atraem” deve ser levado por outra perspectiva. Como: ele gostar de sorvete de morango e você de chocolate. E não referente a objetivos.
O que atraem são iguais. Pessoas que compartilham dos mesmos planos, sonhos, metas. Pessoas que se olham e sua conexão é tão profunda, que palavras não são necessárias.
Não tente mergulhar num pires, você pode se machucar. Não ache que ele(a) vai mudar, só porque está se relacionando com você.
Infelizmente temos esse otimismo de que alguém vai mudar por nós.
O nosso ego humano em inconscientemente conseguir um prêmio por ter feito alguém mudar, e ser responsável por isso, é maior do que a preocupação no final que esse processo, muitas vezes a sucesso, pode levar.
Não temos como saber quem vai entrar na nossa vida e destruí-la, não somos responsáveis por atrairmos essas pessoas, mas podemos estar ligadas aos sinais para que no final, seu coração não entre na lista de pessoas que tentaram, mas sem sucesso.
Ao primeiro sinal de desinteresse, retire-se. Continue a nadar, chegue na areia que lá você estará mais segura.
Os rasos que se achem.